| AMÉRICA DO NORTE E AMÉRICA CENTRAL | | | |
(ordem alfa) | | | | |
| Idioma | Família / Ramo | Região onde foi falada | Observações |
| catawba | Sioux | Língua extinta falada outrora na Carolina do Sul | O último falante nativo morreu pouco antes de 1960 |
| cochimi | Yuman-Cochimi | Língua outrora falada na península da Baixa California, no México | Extinta no início do século XX |
| huron (wyandot) | Iroquesa | Língua extinta falada outrora no Canadá (Quebec) e Estados Unidos (Oklahoma) | |
| mahican | Álgica-Algonquina | Língua falada, inicialmente, na região do rio Hudson, estados de Nova York e Vermont e, posteriormente (c. 1820) no Wisconsin. Extinta nos anos 1930. | A palavra "mahican" significa "povo do rio Hudson". Muitas vezes, o termo genérico "moicano" (mohican) foi usado, erroneamente, para designar as duas tribos: os "mahican" e os "mohegan". |
| maia clássico | Maia | Língua extinta falada na época da civilização maia (300 a 1000 d.C.) na região da Península de Yucatan, no México | Sistema de escrita maia reúne símbolos fonéticos e ideogramas, ainda não totalmente decifrados. |
| massachusett (wampanoag) | Álgica-Algonquina | Língua falada outrora na região da baía de Massachusetts | Extinta no final do século XIX |
| miami (illinois; miami-illinois) | Álgica-Algonquina | Língua falada outrora, inicialmente, na região dos atuais estados de Illinois, Missouri, Indiana e, posteriormente, no Oklahoma. | Extinta em torno de 1960 |
| mohegan (mohegan-pequot) | Álgica-Algonquina | Língua extinta falada outrora na região dos atuais estados americanos de Connecticut, Rhode Island e New York (Long Island). Último falante da língua mohegan faleceu em 1908. | A palavra "mohegan" significa "lobo". Muitas vezes, o termo genérico "moicano" (mohican) foi usado, erroneamente, para designar as duas tribos: os "mahican" e os "mohegan". |
| nahuatl clássico | Uto-Asteca | Língua extinta falada pelos astecas e toltecas no México e América Central | Língua franca do México e América Central do século VII até o século XVI |
| narragansett | Álgica-Algonquina | Língua extinta falada outrora na região dos atuais estados de Connecticut e Rhode Island | Língua muito próxima ao Massachusett e ao Mohegan-Pequot |
| susquehannok (minqua) | Iroquesa | Língua outrora falada nos Estados Unidos, ao longo do rio Susquehanna (Maryland, Pensilvânia e Nova York) | Extinta no final do século XVIII |
| wiyot | Álgica-Algonquina | Língua extinta falada outrora no noroeste da Califórnia. | Último falante morreu em 1962 |
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| AMÉRICA DO SUL E CARIBE | | | |
(ordem alfa) | | | | |
| Idioma | Família / Ramo | Região onde foi falada | Observações |
| botocudo (aymoré) ( | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada pelos botocudos na região compreendida entre os rios Jequitinhonha e Doce (sul da Bahia e norte do Espirito Santo e Minas Gerais) | População estimada dos botocudos na época do descobrimento: 30 mil |
| cacán (kakán; diaguita; calchaquí; cacano) | Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | Língua extinta falada no norte da Argentina (atuais províncias de Salta, Catamarca, La Rioja, Tucuman) | Falada pelas diversas tribos (mais de 20) que compunham a chamada "nação diaguita": calchaquies, quilmes; tafis, amaichas, capayanas, entre outras. A língua cacán foi, aos poucos, substituída pelo quíchua. |
| caeté | Tupi | Língua extinta falada pelos caetés até o século XVI no litoral do nordeste brasileiro entre a ilha de Itamaracá (Pernambuco) e o rio São Francisco. | População estimada dos caetés na época do descobrimento: 75 mil. |
| caribe insular ou caribe ilhéu (iñeri - island carib) | Aruaque | Língua falada outrora nas ilhas caribenhas de Dominica, São Vicente e Grenadinas | Apesar do nome, era uma língua aruaque que surgiu a partir da conquista dos tainos (família aruaque) por tribos de língua caribe. Ocorreu, então, um fato linguístico interessante: as mulheres tainos tomadas pelos caribes continuaram a falar sua língua entre elas e com os filhos pequenos, ao passo que os homens ensinaram o caribe para seus filhos. Surgiu, então, uma língua mista: vocabulário caribe sobre uma base gramatical aruaque. Esta característica persistiu por muitas gerações até a extinção deste idioma na década de 1920. |
| carijó | Tupi | Língua extinta falada pelos carijós no litoral que se estendia de Cananeia (São Paulo) até a Lagoa dos Patos (Rio Grande do Sul) | População estimada dos carijós na época do descobrimento: 100 mil. Extintos em meados do século XVIII |
| cariri | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada pelos cariris no interior do nordeste do Brasil (principalmente, regiões dos atuais estados de Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba) | População estimada dos cariris na época do descobrimento: 25 mil |
| charrua | Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | Língua extinta falada pelos charruas no Uruguai, Brasil (Rio Grande do Sul) e Argentina (Entre Rios) | Estudos indicam que a língua falada por eles era parte de uma família linguística (Charruana) juntamente com outras três línguas, todas já extintas. |
| chibcha (muisca; mosca) | Chibchana | Língua falada pelos índios chibchas (muíscas) na região da Colômbia e América Central | Extinta no século XVIII |
| coroado | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada pelos coroados na região compreendida entre os rios Paraiba do Sul e Doce (estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais) | Os coroados eram remanescentes dos goitacases. Inicialmente formavam uma só tribo com os puris, mas depois tornaram-se inimigos. Os portugueses os denominaram de coroados devido a sua tosura (coroa). |
| goitacá (guaitacá) | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada outrora pelos goitacases na região compreendida entre o rio São Mateus no Espírito Santo e o rio Paraíba do Sul, no atual estado do Rio de Janeiro | |
| guaianá | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada outrora pelos guaianases na região da serra do Mar no trecho entre Angra dos Reis - RJ e Cananeia no atual estado de São Paulo | |
| guaicuru | Guaicuru | Língua extinta falada pelos guaicurus na região entre o Pantanal sul-matogrossense e o Chaco paraguaio | Eram exímios cavaleiros |
| jabuti | Macro-Jê (Tapuia) | Língua praticamente extinta falada pelos índios jabutis em Rondônia | Quase todos os remanescentes (c. de 190) só falam o português |
| krenak | Macro-Jê (Tapuia) | Língua quase extinta falada pelos krenaks no vale do rio Doce em Minas Gerais e Espirito Santo | Somente as mulheres mais velhas falam a língua deles, denominada borum; homens, jovens e crianças de ambos os sexos falam só o português / c. de 350 |
| minuano | Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | Língua extinta falada pelos minuanos no Uruguai, Brasil (Rio Grande do Sul) e Argentina (Entre Rios) | Acredita-se que eram oriundos da Patagônia, assim como os charruas. A partir do início do século XVIII se uniram aos charruas. |
| paiaguá | Guaicuru | Língua extinta falada pelos paiaguás na região do Pantanal sul-matogrossense | Os paiaguás eram também chamados de índios canoeiros |
| pano (panobo, manoa) | Panoan | Língua extinta falada pelos panos na região do rio Ucayali no Peru. | Último falante morreu em 1991 |
| pataxó | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta outrora falada pelos pataxós no sul da Bahia | Os remanescentes desse povo (c. 4600) hoje só falam português. |
| potiguar | Tupi | Língua extinta falada pelos potiguares na região dos atuais estados de Rio Grande do Norte e Paraíba | População estimada dos potiguares na época do descobrimento: 90 mil. Os remanescentes desta tribo (estado da Paraíba) hoje só falam português |
| puri | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada pelos puris na região dos atuais estados de São Paulo (Vale do Paraíba), Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais | Os puris eram remanescentes dos goitacases. Inicialmente formavam uma só tribo com os coroados, mas depois tornaram-se inimigos. |
| quíchua clássico | Quichua | Língua extinta falada pelos incas na região andina (Colombia, Equador, Peru, Bolivia, Chile e Argentina), tendo como centro o atual Peru. | Língua oficial do antigo Império Inca. |
| tabajara | Tupi | Língua extinta falada pelos tabajaras na região que se estende da foz do rio Paraíba, no estado de mesmo nome, até a ilha de Itamaracá, em Pernambuco | População estimada dos tabajaras na época do descobrimento: 40 mil. |
| taino | Aruaque | Língua falada pelos índios tainos nas ilhas caribenhas de Cuba, Hispaniola, Jamaica, Porto Rico e Bahamas | Os tainos foram o povo indígena encontrado por Colombo em sua primeira viagem. A língua se extinguiu no século XVI. |
| tairirius (tarairus) | Macro-Jê (Tapuia) | Língua extinta falada pelos tairirius no nordeste brasileiro, na região dos atuais estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco | Acredita-se que os índios canindé (jenipapo-kanindé) que hoje ainda sobrevivem no Ceará sejam descendets dos tairirius |
| tamoio | Tupi | Língua extinta falada pelos tamoios na região litorânea que se estende do norte do atual estado de São Paulo até a Baía de Guanabara no estado do Rio de Janeiro | População estimada dos tamoios na época do descobrimento: 70 mil. |
| tapes | Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | Língua extinta falada outrora pelos índios tapes na região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul | |
| tehuelche | Chon | Língua falada outrora pelos tehuelches (patagões ou patagônios) na Patagônia argentina | Os tehuelches adotaram a língua mapuche (mapudungun) e sua língua original acabou se extinguindo entre os anos 1960 e 1970 |
| temiminó | Tupi | Língua extinta falada pelos temiminós na região litorânea dos atuais estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo | População estimada dos temiminós na época do descobrimento: 18 mil |
| tremembé | Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | Língua extinta falada outrora na região litorânea dos atuais estados do Maranhão, Piauí e Ceará | População estimada dos tremembés na época do descobrimento: 20 mil. Os remanescentes desta tribo (c. de 3 mil) só falam português. |
| tupi antigo (tupinambá; língua geral tupi; língua brasílica) | Tupi | Língua extinta falada pelos tupinambás na região baiana que se estende da margem direita do rio São Francisco até a Baía de Todos-os-Santos (Recôncavo Baiano). obs.: na época do descobrimento, a população tupinambá era estimada em cerca de 110 mil pessoas. | A língua tupinambá foi adotada como língua franca (língua de comunicação entre grupos linguisticamente distintos) ao longo de grande extensão do litoral brasileiro. Esta língua passou a ser conhecida como língua brasílica, língua geral, ou simplesmente tupi, sendo o idioma mais falado no Brasil até meados do século XVII. |
| tupiniquim | Tupi | Língua extinta falada pelos tupiniquins em duas regiões distintas: sul do atual estado da Bahia e litoral do atual estado de Sao Paulo, entre Santos e Bertioga. obs.: na época do descobrimento, a população tupiniquim era estimada em cerca de 90 mil pessoas (atualmente ainda existem cerca de 2600 tupiniquins no Espírito Santo, mas só falam português). | Os tupiniquins foram os índios que entraram em contato com os portugueses da expedição de Cabral em 1500. |