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agosto, 1415 | | Portugueses tomam a cidade de Ceuta no Marrocos. |
c. 1417 | | Infante D. Henrique, o Navegador, filho de D. João I, funda uma escola de navegação no Algarve que passa a ser conhecida como Escola de Sagres. |
| | Infante era o título dado na Espanha e Portugal aos filhos de rei que não eram herdeiros do trono. |
| | Escola de Sagres: existe uma grande controvérsia a respeito desta escola, já que, até hoje, não foi encontrado nenhum vestígio de sua localização. Alguns estudiosos asseguram que esta instituição, que disporia inclusive de um observatório astronômico, nunca teria existido, ao passo que outros afirmam que ela teria sido um importante centro dedicado aos estudos náuticos, reunindo cientistas, cartógrafos e navegadores e que, graças às pesquisas e tecnologias lá desenvolvidas, como por exemplo a caravela, que os portugueses puderam empreender as grandes navegações dos séculos XV e XVI. |
1419 | | Gonçalves Zarco, navegador português, chega à Ilha da Madeira. |
| | Na verdade, esta ilha já constava de cartas genovesas muito antigas, o que significa que já era conhecida bem antes da chegada dos portugueses. |
1420 | | Infante D. Henrique nomeado administrador da Ordem de Cristo, o que muito viria a contribuir para o financiamento das explorações marítimas portuguesas. |
| | A Ordem de Cristo, fundada em 1317, tinha sido a herdeira dos bens dos Templários em Portugal. |
1427 | | Diogo de Silves, navegador português, chega a Santa Maria, a primeira ilha descoberta no Arquipélago dos Açores. |
1434 | | Gil Eanes, navegador português, ultrapassa o Cabo Bojador, o ponto mais meridional, até então conhecido, na costa da África. |
| | Este feito foi psicologicamente muito importante, pois havia um grande medo em relação ao desconhecido que havia "além do Bojador". |
1437 | | Exército português ataca Tânger e o Infante D. Fernando é feito prisioneiro. |
1441 a 1446 | | Navegadores portugueses continuam a avançar no litoral africano: Cabo Branco (na costa da atual Mauritânia) em 1441; Cabo Verde (na costa do atual Senegal) em 1445; foz do Rio Gâmbia em 1446. |
1460 | | Morre o Infante D. Henrique, grande incentivador das navegações portuguesas. |
1462 | | Diogo Gomes, navegador português, descobre a primeira das ilhas do Arquipélago de Cabo Verde. |
1471 | | Navegadores portugueses João de Santarém e Pedro Escobar descobrem as Ilhas de São Tomé e Príncipe, localizadas no Golfo da Guiné, próximo à linha do Equador. |
1482 | | Fundação da fortaleza de São Jorge da Mina no Golfo da Guiné, onde hoje fica Gana. O objetivo deste forte era controlar a navegação e o comércio portugueses na costa ocidental da África. |
1483 | | Navegador português Diogo Cão descobre a foz do Rio Congo. |
1488 | | Navegador português Bartolomeu Dias contorna o Cabo das Tormentas (posteriormente, denominado Cabo da Boa Esperança), importante etapa na busca do caminho marítimo para as Índias. |
abril, 1492 | | Genovês Cristóvão Colombo consegue aprovação da rainha Isabel de Castela para o seu plano de chegar à Ásia navegando em direção ao ocidente através do Atlântico. |
03 de agosto, 1492 | | Primeira expedição de Colombo parte do porto de Palos (próximo à cidade de Huelva), na Espanha, com 100 homens distribuídos em 3 caravelas: Santa Maria, Pinta e Niña. |
12 de outubro, 1492 | | Descobrimento da América: frota de Colombo chega a uma ilha do Caribe, provavelmente a Ilha de San Salvador (Guanahani), nas Bahamas. Nessa mesma viagem, Colombo descobre também as ilhas de Cuba e Hispaniola (onde hoje se localizam o Haiti e a República Dominicana). Nessa última, foi fundado o Forte de Natividad, primeiro estabelecimento europeu na América. |
| | Embora esta primeira viagem de Colombo marque, oficialmente, o descobrimento da América pelos europeus, deve-se lembrar que os vikings, chefiados por Leif Ericson, já tinham chegado a este continente muito tempo antes (cerca do ano 1000). Outro fato curioso a ser destacado é que Colombo acreditava ter chegado às Índias e não a um novo continente, ficando até a sua morte convicto desta idéia. Foi o navegador florentino Américo Vespúcio quem começou a difundir na Europa a teoria de que as terras encontradas pertenciam a um continente até então desconhecido. Daí a pouco, os cartógrafos passaram a designar estas novas terras de América, em alusão ao nome daquele navegador. Para alguns historiadores a chegada de Colombo à América foi o evento que marcou o fim da Idade Média e o início da Moderna e não a Queda de Constantinopla em 1453, como prefere a maioria. |
junho, 1494 | | Tratado de Tordesilhas estabelece uma divisão das terras descobertas e a descobrir fora da Europa entre Espanha e Portugal, através de um meridiano passando a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde. Segundo esse tratado, as terras a leste deste meridiano seriam portuguesas e aquelas a oeste, espanholas. Foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas, próxima a Valladolid, sob os auspícios do papa espanhol Alexandre VI. |
1495 a 1521 | | Reinado do monarca português D. Manuel I, cognominado "O Venturoso", devido aos grandes acontecimentos ocorridos neste período, como a descoberta do caminho marítimo para a Índia e o descobrimento do Brasil. Foi a fase áurea da história de Portugal. |
20 de maio, 1498 | | Descoberta do caminho marítimo para a Índia: Vasco da Gama chega com 4 navios à cidade indiana de Calicute, após navegar o contorno da África. Sua frota havia partido de Lisboa a 8 de julho de 1497. |
| | Os 4 navios de Vasco da Gama eram: "São Gabriel" (nau capitânia), "São Rafael", "Bérrio" e uma nau de mantimentos. A chegada de volta a Lisboa ocorreu em junho de 1499. |
1498 | | Fortes indícios de que o navegador português Duarte Pacheco Pereira teria aportado neste ano no norte do Brasil entre o Maranhão e o Pará, tendo alcançado a Ilha de Marajó e a foz do Rio Amazonas. |
| | Acredita-se que o motivo pelo qual esta viagem não tenha tido registro nos anais portugueses era por se tratar de uma missão secreta organizada pelo rei D. Manuel para explorar regiões espanholas segundo o Tratado de Tordesilhas. |
26 de janeiro, 1500 | | Navegador espanhol Vincente Pinzón, com 4 caravelas e cerca de 150 homens, chega a um cabo ao qual dá o nome de "Santa Maria de la Consolación". Posteriormente, deduziu-se que este local estaria situado na região de Mucuripe, no litoral do Ceará. Nesta viagem, Pinzón chegou até à foz do Rio Amazonas que chamou de "Santa Maria de la Mar Dulce" por acreditar tratar-se de um braço do mar. |
| | O primeiro europeu a alcançar a foz do Rio Amazonas pode não ter sido Pinzón, mas sim o português Duarte Pacheco Pereira , dois anos antes. |
fevereiro a maio, 1500 | | Diego de Lepe, navegador espanhol, com uma frota de 3 caravelas percorre um trecho do litoral norte do Brasil. Acredita-se que tenha aportado, primeiramente, no Cabo Santo Agostinho em Pernambuco ou no Cabo São Roque no Rio Grande do Norte. |
9 de março, 1500 | | Pedro Álvares Cabral parte de Lisboa com uma frota de 13 navios e 1500 homens, tendo como objetivo instalar uma feitoria portuguesa em Calicute, na costa ocidental da Índia. |
| | A frota de Cabral era constituída de 9 naus, 3 caravelas e uma naveta de mantimentos. Não se sabe, ao certo, o nome dos navios, pois possivelmente os registros tenham sido destruídos no incêndio de Lisboa de 1580 ou no terrível terremoto de 1755. Acredita-se que a nau de Cabral tenha sido a "São Gabriel", a mesma de Vasco da Gama em 1498. A sota-capitânia (segunda em importância) parece ter sido a "El-Rei", comandada por Sancho de Tovar. Alguns historiadores afirmam que entre as embarcações estavam as naus "Santa Cruz", "Espírito Santo", "Flor de la Mar", "Vitória" e "Espera". |
22 de abril, 1500 | | Cabral avista o Monte Pascoal no sul da Bahia, evento que marca a descoberta oficial do Brasil, na ocasião considerado apenas uma ilha: Ilha de Vera Cruz. |
23 de abril, 1500 | | Nicolau Coelho, capitão de uma das naus da esquadra, é enviado à terra e encontra-se pela primeira vez com os nativos da tribo tupiniquim, às margens do Rio Caí. |
| | Nicolau Coelho havia sido capitão da nau "Bérrio", uma das 4 embarcações da esquadra de Vasco da Gama, que descobrira o caminho marítimo para a Índia em 1498. |
24 de abril, 1500 | | Frota se desloca para o norte em busca de um bom ancoradouro. |
25 de abril, 1500 | | Navios chegam a uma grande baía onde ancoram. (obs.: tempos depois, essa baía veio a se chamar Cabrália). |
26 de abril, 1500 | | Primeira missa no Brasil, celebrada, por frei Henrique de Coimbra. Essa cerimônia foi realizada em uma pequena ilhota próxima à baía, o Ilhéu da Coroa Vermelha. |
| | Essa missa foi o tema de um famoso quadro de Victor Meirelles, pintado em 1861: "A Primeira Missa no Brasil". |
1 de maio, 1500 | | Frei Henrique de Coimbra reza a segunda missa no Brasil. |
2 de maio, 1500 | | Frota de Cabral segue sua viagem para a Índia. Uma pequena nau de mantimentos, comandada por Gaspar de Lemos, retorna a Portugal para levar a notícia do descobrimento, feito relatado em diversas cartas, sendo a mais famosa a de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota. Essa nau chega em Lisboa em julho de 1500. |
| | Além da carta de Pero Vaz de Caminha, restaram duas outras: "Carta do Mestre João", médico e astrônomo da frota de Cabral, e a "Relação do Piloto Anônimo" de autor desconhecido e que foi publicada em 1507, em italiano, em uma coletânea de cartas de viagem elaborada por Fracanzano de Montalboddo, um professor da cidade de Vicenza, na Itália. |