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dezembro, 1945 | Eleições Presidenciais | Marechal Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra de Getúlio Vargas, vence as eleições presidenciais, derrotando o brigadeiro Eduardo Gomes. Dutra, candidato do PSD e PTB, obteve 55% dos votos (3 milhões e 200 mil) contra 34% (2 milhões) de Eduardo Gomes (UDN). |
janeiro, 1946 a janeiro, 1951 | Presidência da República | Governo do mato-grossense Eurico Gaspar Dutra, tendo como vice-presidente o político catarinense Nereu Ramos. |
setembro, 1946 | Constituição | Promulgada a Constituição de 1946. |
16 de junho, 1950 | Esporte | Inaugurado o estádio do Maracanã, no Rio com uma partida entre as seleções de futebol do Rio de Janeiro e de São Paulo. |
16 de julho, 1950 | Esporte | Uruguai vence a IV Copa do Mundo de Futebol realizada no Brasil ao derrotar a equipe anfitriã por 2 a 1 perante quase 200 mil torcedores no estádio do Maracanã. O Brasil que podia empatar para ser campeão e começou com vantagem no marcador é derrotado por 2 a 1. |
3 de outubro, 1950 | Eleições Presidenciais | Getúlio Vargas retorna à presidência ao derrotar o brigadeiro Eduardo Gomes, que já havia perdido também o pleito de 1945 para o marechal Dutra. Getúlio, candidato do PTB, obteve 48% dos votos (3 milhões e 800 mil) e Eduardo Gomes da UDN, 29% (2 milhões e 300 mil). |
janeiro, 1951 a agosto, 1954 | Presidência da República | Governo de Getúlio Vargas, tendo como vice-presidente o político potiguar João Café Filho. |
27 de setembro, 1952 | Música | Morre em desastre na via Dutra, próximo a Taubaté, o cantor Francisco Alves, conhecido como "Rei da Voz". |
20 de março, 1953 | Literatura | Morre, no Rio de Janeiro, o escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953). |
3 de outubro, 1953 | Energia | Criada a Petrobrás voltada para a prospecção, produção e distribuição de derivados do petróleo. |
5 de agosto, 1954 | Crime da Rua Tonelero | Atentado contra a vida do jornalista e político Carlos Lacerda acaba matando o major Rubem Vaz que estava em sua companhia, na rua Tonelero, em Copacabana, Rio de Janeiro. Lacerda foi ferido no pé. Investigações concluíram que o mandante do crime havia sido o chefe da guarda pessoal de Getúlio, Gregório Fortunato. |
| | Este segundo mandato de Getúlio Vargas seria marcado por diversas acusações de corrupção. Carlos Lacerda, principal líder da oposição, em seu jornal "Tribuna da Imprensa", acusava o governo de estar financiando o jornal "Última Hora" de Samuel Wainer, um dos poucos órgãos de imprensa a apoiar Getúlio. |
24 de agosto, 1954 | Suicídio de Getulio Vargas | Aconselhado a renunciar ou, no mínimo, a se licenciar da presidência, devido à grave crise político-militar iniciada com a tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, Getúlio Vargas prefere a trágica alternativa do suicídio perpetrado com um tiro no peito nos seus aposentos no Palácio do Catete. |
| | Getúlio Vargas deixou uma famosa carta-testamento, que apresenta duas versões: uma manuscrita e outra datilografada. A autenticidade da versão datilografada, encerrada com a frase "saio da vida para entrar na história", suscitou muita controvérsia. |
24 de agosto, 1954 | Presidência da República | Assume o governo o vice-presidente Café Filho. |
5 de agosto, 1955 | Música | Morre em Los Angeles, a cantora Carmem Miranda que, embora nascida em Portugal, havia se tornado em uma das maiores expressões da música brasileira na época. |
outubro, 1955 | Eleições Presidenciais | Juscelino Kubitschek, candidato do PSD e PTB, vence as eleições com 35% dos votos (3 milhões) derrotando o candidato da UDN, Juarez Távora que obteve 30% dos votos (2 milhões e 600 mil). |
8 de novembro, 1955 | Presidência da República | Café Filho é afastado da presidência por um movimento liderado pelo ministro da Guerra, general Henrique Lott, sob acusação que não iria dar posse ao candidato eleito, Juscelino Kubitschek. Assume, então, o governo o mineiro Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados, o qual permanece apenas três dias no cargo, sendo afastado pelo mesmo movimento e motivo que forçara a saída de Café Filho. |
11 de novembro, 1955 | Presidência da República | Senador catarinense Nereu Ramos, presidente do Senado, é empossado na presidência da República, permanecendo no cargo até a posse de Juscelino Kubitschek em 31 de janeiro de 1956. |
janeiro, 1956 a janeiro, 1961 | Presidência da República | Governo do mineiro Juscelino Kubitschek (JK), tendo como vice-presidente o gaúcho João Goulart, conhecido popularmente como "Jango". |
| | O slogan do governo de JK era "cinqüenta anos em cinco", expressando a ênfase que seria dada ao desenvolvimento do país no seu mandato. Seu Plano de Metas incluía vários projetos em diversas áreas como energia, transportes, indústrias de base, educação. Mas a meta prioritária era a construção de Brasília, a nova capital federal. |
fevereiro, 1956 | Revolta de Jacareacanga | Tentativa de golpe militar contra o governo de Juscelino Kubitschek por oficiais da Aeronáutica. Teve início na Base Aérea de Jacareacanga no Pará, mas foi prontamente debelada. |
2 de outubro, 1956 | Brasília | Em abril 1956, JK encaminha ao Congresso a chamada "Mensagem de Anápolis” propondo, entre outras medidas, a criação da Novacap (Companhia Urbanizadora da Nova Capital Federal). Aprovada em setembro, a construção de Brasília começa em outubro 1956
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| | O projeto urbanístico da cidade (Plano Piloto) ficou a cargo do arquiteto e urbanista Lúcio Costa que ganhara um concurso para esta escolha. Os prédios principais foram projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer e o projeto paisagístico ficou sob responsabilidade de Burle Marx. |
12 de setembro, 1957 | Literatura | Morre, no Rio de Janeiro, o escritor paraibano José Lins do Rego. |
agosto, 1958 | Música | João Gilberto, violonista baiano, lança o disco "Chega de Saudade" (música de Tom Jobim e letra de Vinicius de Morais) considerado o marco inicial do movimento musical denominado "bossa nova". |
| | A "bossa nova", um tipo diferente de samba fortemente influenciado pelo jazz, logo se tornou um dos mais famosos estilos musicais do Brasil, ganhando projeção internacional. Seus intérpretes e divulgadores foram muitos. Entre eles, pode-se citar: João Gilberto, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Astrud Gilberto, Baden Powell, Billy Blanco, Carlos Lyra, João Donato, Johnny Alf, Luis Bonfá, Luiz Eça, Marcos Valle, Nara Leão, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Sergio Mendes, Sylvia Telles, Toquinho, Os Cariocas, Tamba Trio, Zimbo Trio. |
17 de novembro, 1959 | Música | Morre, no Rio de Janeiro, o compositor carioca Heitor Villa-Lobos. |
dezembro, 1959 | Revolta de Aragarças | Nova rebelião de oficiais da Aeronáutica contra o governo de Juscelino Kubitschek. Desta vez a base era a cidade de Aragarças em Goiás. Assim como a Rebelião de Jacareacanga, a de Aragarças foi rapidamente controlada. |
21 de abril, 1960 | Brasilia | Juscelino Kubitschek inaugura Brasília que passa a ser a nova capital do país. |
outubro, 1960 | Eleições Presidenciais | Jânio Quadros, candidato de uma coligação tendo à frente a UDN, vence as eleições com 48% dos votos (5 milhões e 600 mil) derrotando o general Henrique Lott, candidato do PSD e PTB, que obteve 32% dos votos (3 milhões e 800 mil). |
janeiro a agosto, 1961 | Presidência da República | Governo de Jânio Quadros. Seu vice era João Goulart que exercera esta mesma função no governo de Juscelino Kubitschek. |
| | Jânio Quadros era natural de Campo Grande, atual estado de Mato Grosso do Sul, mas fizera sua carreira política em São Paulo. |
19 de agosto, 1961 | Condecoração a Guevara | Ernesto "Che" Guevara, revolucionário comunista, é condecorado por Jânio Quadros, provocando indignação dos militares. |
25 de agosto, 1961 | Renúncia | Alegando "forças terríveis" contra o seu governo, Jânio Quadros entrega sua carta-renúncia. Assume o governo Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara visto que o vice-presidente, João Goulart, estava fora do país em visita à China. |
27 de agosto, 1961 | Campanha da Legalidade | Leonel Brizolla, governador do Rio Grande do Sul, inicia campanha com objetivo de garantir a posse do vice-presidente João Goulart, cujo nome não era aceito pelos ministros militares que o consideravam "esquerdista". |
2 de setembro, 1961 | Parlamenta-rismo | Congresso aprova o regime parlamentarista através de emenda à Constituição de 1946. Esta medida visava restringir os poderes de João Goulart, abrindo caminho para sua posse. |
7 de setembro, 1961 | Governo de João Goulart | João Goulart é empossado na presidência da República, tendo como primeiro-ministro o político mineiro Tancredo Neves, que havia sido ministro da Justiça de Getúlio Vargas. |
novembro, 1961 | Reforma Agrária | Campanha nacional pela Reforma Agrária lançada pelo deputado pernambucano Francisco Julião. |
17 de dezembro, 1961 | Incêndio | Incêndio criminoso do "Gran Circo Norte Americano" em Niterói mata cerca de 400 pessoas, a maioria crianças. |
6 de fevereiro, 1962 | Artes Plásticas | Morre o pintor Cândido Portinari. Natural de Brodowski, São Paulo, Portinari foi um dos mais importantes representantes do modernismo no Brasil. |
junho, 1962 | Parlamenta-rismo | Tancredo Neves renuncia ao cargo de primeiro-ministro. |
julho a setembro, 1962 | Parlamenta-rismo | Francisco de Paula Brochado da Rocha, político gaúcho, assume como primeiro-ministro. |
setembro, 1962 a janeiro, 1963 | Parlamenta-rismo | Hermes Lima, jornalista e político baiano, assume o cargo de primeiro-ministro. |
janeiro, 1963 | Plebiscito | Plebiscito para definir o regime de governo dá ampla vitória (80% dos votos) ao retorno do presidencialismo e extinção do parlamentarismo. Com a volta do presidencialismo, João Goulart adquire plenos poderes. |
13 de março, 1964 | Comício da Central do Brasil | Presidente João Goulart defende a necessidade das Reformas de Base em monstruoso comício no Rio de Janeiro com a presença de cerca de 250 mil pessoas. |
| | As Reformas de Base eram mudanças estruturais propostas pela equipe do governo Goulart, abrangendo diversos segmentos como a área fiscal, agrária, administrativa, bancária, educacional, etc. |
19 de março, 1964 | Protesto contra Goulart | Cerca de 500 mil pessoas desfilam em São Paulo na Marcha da Família com Deus pela Liberdade contra o governo Goulart. |
24 de março, 1964 | Revolta dos Marinheiros | "Cabo" Anselmo, presidente da associação dos marinheiros e fuzileiros navais, faz inflamado discurso no Rio de Janeiro insuflando os marinheiros à rebeldia. Esse ato tem repercussão nacional e acelera o processo de tomada do poder pelos militares. |