família Aimará | | |
aimará | Bolívia / Peru / Chile / Argentina | c. de 2 milhões de falantes |
| | |
| | |
família Aruaque (Arawakan ou Aruak) | | |
arawak (aruaque) | Suriname / Guiana / Guiana Francesa / Venezuela | c. de 2.500 falantes |
caribe insular ou caribe ilhéu (iñeri - island carib) (+) | Língua falada outrora nas ilhas caribenhas de Dominica, São Vicente e Grenadinas | apesar do nome, era uma língua aruaque que surgiu a partir da conquista dos tainos (família aruaque) por tribos de língua caribe / nesta época, surgiu então um fato linguístico interessante: as mulheres tainos tomadas pelos caribes continuaram a falar sua língua entre elas e com os filhos pequenos, ao passo que os homens ensinaram o caribe para seus filhos; surgiu, então, uma língua mista: vocabulário caribe sobre uma base gramatical aruaque; essa característica persistiu por muitas gerações até a extinção deste idioma na década de 1920 |
garífuna ou caribe negro (black carib) | Honduras / Guatemala / Belize / Nicarágua | língua derivada do idioma caribe insular / o nome caribe negro provém do fato deste povo haver se miscigenado com grupos de escravos africanos / atualmente, falada por c. de 200 mil pessoas |
pareci | Brasil (Mato Grosso) | c. de 2 mil falantes |
taino (+) | Língua falada pelos índios tainos nas ilhas caribenhas de Cuba, Hispaniola, Jamaica, Porto Rico e Bahamas | os tainos foram o povo indígena encontrado por Colombo em sua primeira viagem / a língua se extinguiu no século XVI |
terena | Brasil (Mato Grosso do Sul) | c. de 15 mil falantes |
| | |
família Caraíba (línguas Caribe) | | |
arara | Brasil (Pará) | c. de 300 falantes |
atroari (waimiri-atroari) | Brasil (Amazonas; Roraima) | c. de 900 falantes |
caribe (cariña; galibi; kalihna) | Venezuela / Guiana / Suriname / Guiana Francesa / Brasil (Amapá) | c. de 7 mil falantes |
macuxi (macushi) | Brasil (Roraima) / Guiana / Venezuela | c. de 18 mil falantes |
| | |
família Chapacura (Chapacuran; Chapakura) | | |
pacaás-novos (pakaas-novos; wari) | Brasil (Rondônia) | c. de 1.900 falantes |
| | |
família Chibchana (Chibchan) | | |
chibcha (muisca; mosca) (+) | Língua falada pelos índios chibchas (muíscas) na região da Colômbia e América Central | extinta no século XVIII |
| | |
família Chon | | |
tehuelche (+) | Língua falada outrora pelos tehuelches (patagões ou patagônios) na Patagônia argentina | os tehuelches adotaram a língua mapuche (mapudungun) e sua língua original acabou se extinguindo entre os anos 1960 e 1970 |
| | |
família Guaicuru | | |
guaicuru (+) | Língua extinta falada pelos guaicurus na região entre o Pantanal sul-matogrossense e o Chaco paraguaio | |
kadiwéu (cadiuéu) | Brasil (Mato Grosso do Sul) | os kadiwéus (c. de 1500 falantes) são descendentes dos guaicurus |
paiaguá (+) | Língua extinta falada pelos paiaguás na região do Pantanal sul-matogrossense | |
| | |
família Macro-Jê (Tapuia) (línguas vivas: 13) | | |
obs: a palavra tapuia é uma designação dada às tribos que não falavam as línguas da família tupi, não se referindo a nenhuma etnia em particular | | |
borôro | Brasil (Mato Grosso) | c. de 1.300 falantes |
botocudo (aymoré) (+) | Língua extinta falada pelos botocudos na região compreendida entre os rios Jequitinhonha e Doce (sul da Bahia e norte do Espirito Santo e Minas Gerais) | população estimada dos botocudos na época do descobrimento: 30 mil |
caiapó (txucarramãe) | Região do rio Xingu (estados de Mato Grosso e Pará) | c. de 7 mil falantes |
caingang | Estados de São Paulo; Paraná; Santa Catarina e Rio Grande do Sul | c. 18 mil falantes |
carajá | Região do rio Araguaia e ilha de Bananal (estados de Goiás e Tocantins) | c. de 2.700 falantes |
cariri (+) | Língua extinta falada pelos cariris no interior do nordeste do Brasil (principalmente, regiões dos atuais estados de Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba) | população estimada dos cariris na época do descobrimento: 25 mil |
coroado (+) | Língua extinta falada pelos coroados na região compreendida entre os rios Paraiba do Sul e Doce (estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais) | os coroados eram remanescentes dos goitacases / inicialmente, formavam uma só tribo com os puris, mas depois tornaram-se inimigos / os portugueses os denominaram de coroados devido ao corte de cabelo em forma de coroa (tonsura) |
goitacá (guaitacá) (+) | Língua extinta falada outrora pelos goitacases na região compreendida entre o rio São Mateus no Espírito Santo e o rio Paraíba do Sul, no atual estado do Rio de Janeiro | |
guaianá (+) | Língua extinta falada outrora pelos guaianases na região da serra do Mar no trecho entre as atuais cidades de Angra dos Reis - RJ e Cananéia - SP | |
jabuti (+) | Língua praticamente extinta falada pelos índios jabutis em Rondônia | quase todos os remanescentes (c. de 190) só falam o português |
krenak | Língua quase extinta falada pelos krenaks no vale do rio Doce em Minas Gerais e Espirito Santo | somente as mulheres mais velhas falam a língua krenak, denominada por eles de borum / homens, jovens e crianças de ambos os sexos falam só o português / c. de 350 falantes |
maxacali | Minas Gerais (vale do rio Mucuri) | c. de 1.200 falantes |
pataxó (+) | Língua extinta outrora falada pelos pataxós no sul da Bahia | atualmente, os remanescentes desta tribo (c. 4600) só falam português |
puri (+) | Língua extinta falada pelos puris na região dos atuais estados de São Paulo (Vale do Paraíba), Rio de Janeiro, Espirito Santo e Minas Gerais | os puris eram remanescentes dos goitacases. Inicialmente formavam uma só tribo com os coroados, mas depois tornaram-se inimigos. |
tarairiú (+) | Língua extinta falada pelos tarairiús no nordeste brasileiro, na região dos atuais estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco | acredita-se que os índios canindé (jenipapo-kanindé) que hoje ainda sobrevivem no Ceará sejam descendentes dos tarairiús |
timbira (canela) | Maranhão e Pará | a língua timbira é falada por várias grupos desta etnia com pequenas diferenças dialetais, tais como: canela; gavião; krahô; kreye e krikati. Ao todo, são c. de 3 mil falantes |
xavante | Mato Grosso | c. de 10 mil falantes |
xerente | Tocantins | c. de 1.800 falantes |
xokleng | Santa Catarina | c. de 700 falantes |
| | |
família Mura | | |
pirarrã | Amazonas | a língua pirarrã é considerada uma das línguas mais estranhas e difíceis do mundo / c. de 400 falantes |
| | |
família Nambiquara (nambikwara) | | |
nambiquara | Brasil (Mato Grosso; Rondônia) | c. de 1.900 falantes |
| | |
família Panoan | | |
pano (panobo, manoa) (+) | Língua extinta falada pelos panos na região do rio Ucayali no Peru | último falante morreu em 1991 |
| | |
família Quíchua | | |
quíchua clássico (+) | Língua extinta falada pelos incas na região andina (Colombia, Equador, Peru, Bolivia, Chile e Argentina), tendo como centro o atual Peru | língua oficial do antigo Império Inca |
quíchua moderno | Peru / Bolivia / Equador / Colômbia / Chile / Argentina | possui mais de 40 dialetos e c. de 10 milhões de falantes / o quíchua é mais falado, atualmente, do que na época da conquista espanhola, pois muitas tribos o adotaram como língua própria. |
| | |
família Tucano | | |
tucano | Brasil (Amazonas) / Colômbia | c. de 4.600 falantes |
| | |
família Tupi-Guarani | | |
avá-canoeiro (canoeiro) | Língua quase extinta falada na ilha de Bananal, estado de Tocantins | c. de 17 falantes |
caeté (+) | Língua extinta falada pelos caetés no litoral do nordeste brasileiro entre a ilha de Itamaracá (Pernambuco) e o rio São Francisco | população estimada dos caetés na época do descobrimento: 75 mil / os caetés foram extintos no século XVI |
carijó (+) | Língua extinta falada pelos carijós no litoral que se estendia de Cananeia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS) | população estimada dos carijós na época do descobrimento: 100 mil / os carijós foram extintos em meados do século XVIII |
cinta-larga | Mato Grosso / Rondônia | c. de 1.300 falantes |
gavião (gavião-de-rondônia; ikolen) | Rondônia | c. de 500 falantes |
guajajara (tenetehara) | Maranhão | c. de 13 mil falantes |
guarani | Paraguai / Argentina (Corrientes e Missiones) / Brasil (Mato Grosso do Sul) | língua oficial do Paraguai (juntamente com o espanhol); c. 4,8 milhões de falantes |
guarani-kaiowá (caiuá; kaiwá; kaiova; cainguá) | Brasil (Mato Grosso do Sul) / Paraguai | c. de 43 mil falantes |
maué (sateré-mawé) | Amazonas | c. de 9 mil falantes |
nheengatu | Brasil (região do rio Negro no Amazonas) / Colômbia / Venezuela | a língua nheengatu descende diretamente do tupi antigo; c. de 14 mil falantes |
parintintim | Amazonas | c. de 400 falantes |
potiguar (+) | Língua extinta falada pelos potiguares na região dos atuais estados de Rio Grande do Norte e Paraíba | população estimada dos potiguares na época do descobrimento: 90 mil / atualmente, os remanescentes dessa tribo habitam o estado da Paraíba e só falam o português |
suruí (suruí de Rondônia; paiter) | Rondônia e Mato Grosso | c. de 1 mil falantes |
tabajara (+) | Língua extinta falada pelos tabajaras na região que se estende da foz do rio Paraíba, no estado de mesmo nome, até a ilha de Itamaracá, em Pernambuco | população estimada dos tabajaras na época do descobrimento: 40 mil |
tamoio (+) | Língua extinta falada pelos tamoios na região litorânea que se estende do norte do atual estado de São Paulo até a Baía de Guanabara no estado do Rio de Janeiro | população estimada dos tamoios na época do descobrimento: 70 mil |
temiminó (+) | Língua extinta falada pelos temiminós na região litorânea dos atuais estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo | população estimada dos temiminós na época do descobrimento: 18 mil |
tupinambá (tupi antigo; língua geral tupi; língua brasílica) (+) | Língua extinta falada pelos tupinambás na região baiana que se estende da margem direita do rio São Francisco até a Baía de Todos-os-Santos (Recôncavo Baiano) | na época do descobrimento, a população tupinambá era estimada em cerca de 110 mil pessoas / a língua tupinambá foi adotada como língua franca (língua de comunicação entre grupos linguisticamente distintos) ao longo de grande extensão do litoral brasileiro passando a ser conhecida como língua brasílica, língua geral, ou simplesmente tupi / foi o idioma mais falado no Brasil até meados do século XVII |
tupiniquim (língua geral do sul, língua da costa, língua paulista) (+) | Língua extinta falada pelos tupiniquins em duas regiões distintas: 1) sul do atual estado da Bahia e 2) litoral do atual estado de São Paulo, região de São Vicente | os tupiniquins foram os índios que entraram em contato com os portugueses da expedição de Cabral em 1500 / na época do descobrimento, a população tupiniquim era estimada em cerca de 90 mil pessoas (atualmente ainda existem cerca de 2.600 tupiniquins no Espírito Santo, mas só falam português) |
urubu (kaapor; caapor) | Maranhão | c. de 800 falantes |
| | |
família Yanomami | | |
yanomami (ianomâmi) | Brasil (Roraima e Amazonas) / Venezuela | c. de 35 mil falantes |
| | |
Línguas isoladas e/ou de familias não-identificadas | | |
cacán (kakán; diaguita; calchaquí; cacano) (+) | Língua extinta falada no norte da Argentina (atuais províncias de Salta, Catamarca, La Rioja, Tucuman) | língua falada pelas diversas tribos (mais de 20) que compunham a chamada "nação diaguita": calchaquies, quilmes; tafis, amaichas, capayanas, entre outras. A língua cacán foi, aos poucos, substituída pelo quíchua e se extinguiu no início do século XVIII. |
charrua (+) | Língua extinta falada pelos charruas no Uruguai, Brasil (Rio Grande do Sul) e Argentina (Entre Rios) | estudos recentes indicam que a língua falada pelos charruas fazia parte de uma família linguística (Charruana) juntamente com outras três línguas, todas já extintas |
kawéscar | Lingua quase extinta falada em Puerto Eden, Golfo das Penas, sul do Chile | c. 8 falantes |
mapuche (mapudungun) | Chile / Argentina (La Pampa; Neuquén; Rio Negro e Chubut) | c. 200 mil falantes |
minuano (+) | Língua extinta falada pelos minuanos no Uruguai, Brasil (Rio Grande do Sul) e Argentina (Entre Rios) | acredita-se que os minuanos, assim como os charruas, fossem oriundos da Patagônia / a partir do início do século XVIII as duas tribos se uniram |
tapes (+) | Língua extinta falada pelos tapes na região da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul | |
ticuna | Brasil (Amazonas) / Peru / Colômbia | c. de 50 mil falantes |
tremembé (+) | Língua extinta falada outrora na região litorânea dos atuais estados do Maranhão, Piauí e Ceará | população estimada dos tremembés na época do descobrimento: 20 mil / os remanescentes desta tribo (c. de 3 mil) só falam português |